A minha infância foi passada no Alentejo (de onde é o meu pai) e os meus avós maternos estavam em Tomar.
Ironia do destino, sou mais próxima da minha familia materna que estava mais longe do que da paterna que estava mais perto.
Ia poucas vezes a Tomar, a viagem era longa e a disponibilidade de tempo dos pais era reduzida mas as poucas vezes que fui trazem-me à lembranças boas recordações, dos meus avós, dos meus tios, dos meus primos.
A casa estava sempre cheia e era uma algazarra boa constante!!
Recordo-me de uma vez ir ao festival da cerveja com os meus primos mais velhos e que bom que foi!!!
Recordo-me dos meus avós. O meu avô sempre numa cadeira enconstada a uma mesa e a minha avó do lado oposto, marreca, com uma manta ssobre as pernas. A mesma cadeira, a mesma postura, anos e anos!!!
E agora nestes dias frios, vejo o meu pai sentado no canto do sofá ao pé do aquecedor com um cobertor sobre as pernas.
A velhice é tramada e vejo nas suas caras, o cansaço da vida e o sossego do tempo.
Eu tenho 37 e meu pai 77 e só agora percebo o peso de eles terem sido pai tarde. Mas amo-os incondicionalmente
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