quarta-feira, 10 de julho de 2019

Homens vs Mulheres

No outro dia vi um filme, laços de família, que aborda a história de uma médica que se alista no exercito e é destacada para o Afeganistão. Quando parte tem um filho com +/- 3 anos. Está lá 18 meses. Quando volta vai buscar o filho à casa do pai e este chora compulsivamente porque não quer ir. Agora é um rapazito que não se lembra da mãe. À força, mas vai!

Passam semanas, até que voltem a ter uma relação mãe-filho. Ele trata-a pelo nome!

Quando finalmente eles são novamente mãe e filho, ela sem esperar é destacada novamente para o Afeganistão. Como mãe não quer ir mas como profissional quer, porque gosta e é boa no que faz.

O filho na ausência dela torna-se sonâmbulo, como se à noite procurasse por algo que não, por ela...
É avisada pelo pai e madrasta disto mas como ela dorme mal, porque está sempre a relembrar-se de episódios de lá não se preocupa muito. Um dia acorda a meio da noite e ele não está, saiu para a rua!
Ela sai para a rua à procura dele, passam minutos (que parecem horas) até o encontrar.

O medo de o perder fica ao rubro. Aí ela decide que vai tentar outro destacamento na Coreia, em que o pode levar. Para conseguir aconselha outro militar para ir no lugar dela para o Afeganistão.

São dois anos, o pai do miúdo diz que vai pedir guarda total.

Entretanto ela recebe uma chamada do tal militar que a vai substituir e descobre que ele é louco. Chegou a uma encruzilhada, cala-se ou assume o que viu e vai ela para o Afeganistão!
Nesta altura ela começa a trata-la por MÃE

Ela gosta de ser mãe mas também gosta de ser médica em contexto de guerra. Para ir o pai fica com a guarda total e ela decide ir. Se é uma decisão fácil, não é... não acredito que seja para uma mulher!

Ela fala com o filho e diz-lhe a verdade, que vai e que podem ser 18 meses. Ele diz que é muito tempo.
Compram dois relógios para cada um, um com a hora dele, outro com a hora dela lá!

A despedida doí horrores para eles, mãe e filho! O pai não trata da guarda partilhada, fica para decidir com o regresso dela.

A ultima imagem é dela lá,  tranquila.

Acredito que existirão algumas histórias reais assim. Acredito que aquelas mães partem de coração apertado. Não é fácil para quem vai, nem para que fica!
Acredito que é difícil equilibrar o lado materno com o lado profissional...

Se eu como mãe, era capaz? Com filhos pequenos não, com filhos maiores talvez sim. Se o meu marido aceitaria nos dois casos? Nem pensar.

E se fosse ao contrário? se um ela fosse um ele?




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